O advogado Flávio de Paula foi entrevistado pela Aconvap e falou sobre financiamento de imóveis, dando detalhes sobre como funciona o processo, por meio da instituição, e quais são as condições oferecidas às construtoras.

Flavio de Paula é formado em Direito pela Universidade do Vale do Paraíba, tem MBA de Gestão de Empresas e é Pós-graduado em Gestão de Carreiras, Liderança e Coaching pela PUC/RS.

Trabalha na Caixa desde 2002, ocupando a função de Gerente Regional no Vale do Paraíba, Superintende de Rede na cidade de São Paulo e Londrina, Superintendente Executivo de empresas Middle e, atualmente, Superintendente Executivo do Varejo na cidade de São José dos Campos.

1. Como a Caixa Econômica Federal está contribuindo para o setor da construção civil no Brasil e, em particular, para São José dos Campos e região?

Hoje, a CAIXA é responsável por praticamente 70% do financiamento de imóveis no Brasil. Na cidade de São José dos Campos não é diferente, este percentual se mantém, ou seja, a cada 10 financiamentos de imóveis, 7 são feitos na CAIXA.

Para se ter uma ideia, até o mês de junho, a CAIXA liberou mais de R$ 600 milhões de financiamento em São José dos Campos, entre financiamento para mutuários e construtoras. Se ampliamos esta visão para o Vale do Paraíba, os recursos aplicados superam os R$ 900 milhões.

Desta forma, o montante aplicado fomenta de forma direta toda a cadeia da construção civil, proporcionando o impulso de um dos setores que mais fazem crescer a economia.

2. Quais são os principais pacotes e programas oferecidos pela Caixa para incentivar a construção civil e aquisição de imóveis? Como funcionarão as condições dos financiamentos para empresas e pessoas físicas nesse e nos próximos dois anos (taxas, disponibilidade de recursos, prazos, etc)?

Para o cliente Pessoa Física, a CAIXA possui linha de crédito para financiamento de imóveis novos/usados e financia também a aquisição de terreno e construção, além de imóveis na planta direto com a construtora. Para as construtoras, a CAIXA possui linhas que financiam o empreendimento desde o projeto até o desligamento das unidades, com a possibilidade de repasse das unidades, desde o início da obra, o que facilita para a construtora e para o mutuário.

3. Como as construtoras associadas da ACONVAP podem melhorar seu processo de compra/venda com a ajuda da Caixa?

As construtoras hoje têm acesso a todos os financiamentos, como Plano Empresário e Apoio a Produção. Por meio da ACONVAP, colocamos à disposição nossos gerentes e corpo técnico para suporte e explicação de linhas de crédito, sobre os processos de viabilidade financeira e engenharia.

4. Quais são os critérios e requisitos necessários para uma pessoa ou empresa obter financiamento para construção civil, por meio da Caixa?

Tanto empresa quanto Pessoa Física passam por uma avaliação de crédito, em que se apura a capacidade financeira para a operação.  A partir desta avalição, é apurada qual a linha de crédito é mais adequada para o cliente. A princípio, os critérios seguem as premissas básicas do mercado que são renda/faturamento, endividamento e relacionamento com a instituição.

5. Quais são os principais benefícios e vantagens de escolher a Caixa Econômica Federal como parceira na construção civil?

Como a CAIXA detém 70% do mercado, ela já possui a expertise com relação ao processo. Com isso, agiliza a compra, ou seja, um processo habitacional hoje leva em média 15 dias para se finalizar, podendo ser feito em até 5 dias, no caso de empreendimento.

Um fator importante é que temos as melhores taxas, tanto para a pessoa física quanto para construtoras; isso, na maioria das vezes, proporciona uma maior capacidade de compra e viabiliza o sonho da casa própria.

6. Quais são os principais projetos do programa Minha Casa Minha Vida no Vale do Paraíba e como eles têm beneficiado a população local, em termos de moradia acessível e desenvolvimento da região?

Como o “MCMV” é bem abrangente e inclui todos projetos de mercado com unidades de valor até R$ 350 mil, fica difícil elencar os principais, pois trata-se de informações de empresas da construção civil, que muitas se reservam da informação para seu posicionamento estratégico no mercado. Com relação à FAIXA1 com recursos do FAR, as propostas ainda estão na fase de inclusão, para posterior seleção do Ministério das Cidades.

7. O setor espera ansioso a mudança do teto do MCMV, pois São José, em especial, não consegue produzir na faixa que está o teto. Você tem alguma novidade para nós neste sentido?

O valor do teto do “MCMV” já foi alterado em 07.07.2023 para R$ 350.000,00 para todas as cidades do país. Além disso, a faixa de renda também aumentou para R$ 8.000,00, ampliando, assim, a possibilidade de o cliente adquirir sua casa dentro do programa e potencializando o mercado para as construtoras com imóveis enquadrados no programa.

   Flavio de Paula - Superintendente Executivo de Varejo da Caixa Econômica Federal